Maio Vermelho, Outubro Rosa, Junho Violeta… Associar uma cor diferente a cada um dos 12 meses do ano é uma ferramenta utilizada para conscientizar e informar a população sobre doenças importantes, doação de órgãos e transtornos mentais.
O mês de junho recebeu a cor violeta para que todos lembrem a importância do combate e prevenção ao Ceratocone, doença ocular pouco conhecida, porém muito grave.
A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre a campanha anual de combate ao Ceratocone, o que é a doença, causas, sintomas, diagnóstico e formas de tratamento. Leia mais abaixo!
Junho Violeta: prevenção e combate ao Ceratocone
A campanha Junho Violeta é relativamente recente tendo sido criada em 2018 pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
O principal objetivo da ação é informar a população leiga sobre o Ceratocone, avanços de diagnóstico e a importância de um acompanhamento constante com um oftalmologista.
Ceratocone: o que é?
Você sabia que a simples ação de coçar os olhos pode acelerar o desenvolvimento do Ceratocone? Esta doença ocular causa uma deformação na córnea do indivíduo. A partir daí, ela tem a sua estrutura alterada e começa a ficar mais curvada e fina a cada dia que passa.
A córnea de uma pessoa com Ceratocone assume um formato cônico o que faz com que a entrada de luz nos olhos fique distorcida. Assim, o indivíduo sente uma piora na qualidade da visão, e também é comum uma confusão na formação de imagens.
Principais causas do Ceratocone
Não existe uma única causa que possa ser determinante para o desenvolvimento do Ceratocone. Indivíduos com casos na família, inclusive, podem ou não desenvolver a doença ao longo da vida.
O Ceratocone acomete uma a cada duas mil pessoas e pode ser encontrado em indivíduos de todas as partes do mundo. Apesar das causas da doença serem desconhecidas e possivelmente multifatoriais, os médicos sabem que o ato de coçar os olhos e alergias oculares podem fazer com que a doença se desenvolva mais rapidamente.
Sintomas
Sabe-se que o Ceratocone causa uma deformação na córnea que, com o passar dos anos, vai ficando cada vez mais cônica. Essa ação pode agravar a miopia (dificuldade que o indivíduo tem para enxergar de longe) e o astigmatismo irregular (irregularidade da córnea).
Além destas condições, é comum pacientes com Ceratocone perceberem a visão embaçada com piora em períodos noturnos. Fotofobia (sensibilidade à luz), aparecimento de imagens fantasmas ou listras e distorções ao redor das luzes também são sintomas bastante comuns.
Em casos mais raros e tardios, o indivíduo pode apresentar hidropsia, que consiste em descompensação da córnea com dor e vermelhidão ocular.
Como é feito o diagnóstico de Ceratocone?
Para ser capaz de diagnosticar corretamente o Ceratocone, o médico realiza um exame oftalmológico completo e uma tomografia da córnea.
Tratamentos
Existem, atualmente, diferentes tipos de tratamento para o Ceratocone. Tudo vai depender de algumas características do paciente, como idade e se possui outras doenças oculares; localização, tipo e grau de desenvolvimento do Ceratocone.
Seja qual for o tratamento escolhido pelo oftalmologista, ele tem como objetivo principal frear a progressão da doença, preservando e promovendo uma reabilitação da visão do paciente.
Em casos não tão graves, o médico pode prescrever apenas o uso de óculos de grau ou lentes de contato para correção do Ceratocone. Já os tratamentos para casos mais graves da doença são:
Implante de um anel intracorneano
O implante de um anel intracorneano é feito por meio de um procedimento cirúrgico que tem como finalidade regularizar o formato da córnea para melhorar a visão do paciente.
Em muitos casos, o anel intracorneano contribui para estabilizar a doença, embora não seja esse o propósito principal desse tipo de tratamento.
O implante é reversível, ajustável e pouco invasivo. A recuperação é rápida e em menos de uma semana o paciente já pode retornar às suas atividades. Entre 3 e 6 meses após a cirurgia, o oftalmologista consegue fazer uma avaliação do resultado final.
Crosslinking
É feita uma ligação entre as fibras de colágeno da córnea para que ela se torne mais endurecida e o Ceratocone não avance. Utiliza-se colírio de Riboflavina e radiação UV controlada.
Transplante de córnea
O transplante de córnea é indicado caso tratamentos anteriores não tenham surtido efeito e o Ceratocone atinja um ponto crítico. Depois do transplante o paciente precisará de acompanhamento frequente com especialista por, no mínimo, 1 ano.
Agende uma consulta com os especialistas do Donato Hospital de Olhos
Manter consultas regulares com o oftalmologista é o ideal para identificar cedo possíveis problemas ou doenças oculares, incluindo o Ceratocone. Entre em contato com a nossa equipe e agende agora mesmo uma consulta!