Você sabia que a hipertensão atinge um a cada quatro brasileiros quando chegam à fase adulta? Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, isso significa que cerca de 25% da população sofre com pressão alta. A hipertensão, quando não controlada, pode afetar diversos órgãos do ser humano, incluindo o coração, o cérebro, os rins e os olhos. A retinopatia hipertensiva, inclusive, pode causar a perda total da visão.
Neste artigo, os especialistas do Donato Hospital de Olhos explicam o que é a retinopatia hipertensiva, principal causa, sintomas, diagnóstico, tratamentos disponíveis e formas de prevenção. Se você quer cuidar da sua saúde ocular, você está no lugar certo!
Retinopatia hipertensiva: o que é?
Os indivíduos que sofrem com hipertensão têm um nível muito alto de pressão sanguínea nas artérias. A grande maioria das pessoas toma remédios diários para controlar o aumento da pressão. Quando ela está descontrolada, vários órgãos do corpo sofrem, sendo os olhos bastante afetados.
A retinopatia hipertensiva provoca danos na retina, responsável por formar a nossa visão. Primeiramente, as artérias vão se estreitando e o sangue não consegue mais percorrer por elas. Depois, começam a aparecer lesões nas paredes dos vasos, o que resulta em vazamento de fluidos e de sangue. Se a retinopatia hipertensiva não for tratada, ela pode levar o indivíduo à perda completa da visão.
É importante ressaltar que a pressão alta, quando não controlada, prejudica diversos órgãos do corpo humano, sendo os olhos um deles. Coração, rins e cérebro, e órgãos vitais também saem bastante prejudicados. A hipertensão deve ser controlada diariamente, pois pode levar à morte.
Classificação da retinopatia hipertensiva
A retinopatia hipertensiva apresenta-se no ser humano em diferentes graus. Dependendo da sua evolução, mais graves e irreversíveis são os sintomas.
- Grau 0: pessoas com grau 0 não apresentam sintomas e a visão não tem alterações;
- Grau 1: surge o estreitamento arteriolar mínimo;
- Grau 2: o estreitamento arteriolar aumenta e surgem irregularidades focais;
- Grau 3: além das questões do grau 2, o indivíduo tem hemorragia na retina;
- Grau 4: além das questões do grau 3, ocorre o edema da papila (a doença já atingiu o nervo óptico).
Além dos graus, a retinopatia hipertensiva também se divide em dois tipos: a retinopatia hipertensiva crônica e a retinopatia hipertensiva maligna:
- Retinopatia hipertensiva crônica: assintomática, ela surge em pessoas que possuem hipertensão crônica. É mais rara, mas pode aparecer e ocasionar hemorragias na retina, microaneurismas e oclusão vascular.
- Retinopatia hipertensiva maligna: está associada à elevação súbita da pressão arterial (valores de tensão sistólica superiores a 200mmHg e valores de tensão diastólica acima de 140mmHg). A hipertensão maligna é mais fácil de trazer danos à visão, ao coração, ao cérebro e aos rins.
Causas da retinopatia hipertensiva
A retinopatia hipertensiva é causada pela hipertensão arterial. Ou seja, toda pessoa que sofre com pressão alta pode desenvolver esta doença ocular. Já a hipertensão pode ser genética ou então pode ser adquirida ao longo da vida devido a hábitos ruins: sedentarismo, obesidade, má alimentação, consumo excessivo de sódio, entre outros.
Sintomas
O que torna a retinopatia hipertensiva uma doença perigosa é que o indivíduo vai apresentar os primeiros sintomas apenas quando ela já estiver bastante avançada. Por isso, é muito importante consultar regularmente o oftalmologista. Se você sofre com pressão alta, o cuidado deve ser redobrado.
Conforme a retinopatia hipertensiva vai evoluindo, vão surgindo os seguintes sintomas:
- visão embaçada nos dois olhos;
- olhos sensíveis à luz;
- manchas na visão;
- dores de cabeça frequentes;
- perda da visão central ou periférica.
Diagnóstico
O médico oftalmologista é quem faz os exames para diagnosticar uma possível retinopatia hipertensiva. Neste caso, o exame indicado é o mapeamento de retina, também conhecido como exame de fundo de olho ou fundoscopia. Contudo, se o especialista achar necessário, outros exames podem ser solicitados.
Quanto antes o diagnóstico de retinopatia hipertensiva for feito, antes o médico pode iniciar o tratamento e minimizar os sintomas. Ela é uma doença ocular séria e que pode ocasionar danos irreversíveis na visão.
Tratamento
Como você deve imaginar, o tratamento para a retinopatia hipertensiva é manter a pressão arterial sob controle. Quando a pressão arterial voltar ao normal, a chance de que os sintomas desapareçam por completo é bastante grande. Pessoas que sofrem com pressão alta devem sempre tomar os remédios prescritos no horário correto e manter consultas regulares com cardiologistas e oftalmologistas.
Além da pressão arterial, é importante que os indivíduos que sofrem com a retinopatia hipertensiva também mantenham outros fatores de risco sob controle, como a diabetes, o colesterol e a coagulação sanguínea.
Previna a retinopatia hipertensiva
A retinopatia hipertensiva é uma doença, e assim como tantas outras, pode ser prevenida. Separamos algumas dicas essenciais para que você possa viver uma vida saudável e passar longe dessa enfermidade:
- Se você sofre com a hipertensão, tome seus medicamentos corretamente. É importante você seguir a prescrição médica e tomá-los no horário correto. Surgiu algum sintoma diferente? Procure imediatamente o seu médico de confiança.
- Faça exercícios físicos regularmente. Uma vida sedentária traz muitos prejuízos à saúde e pode acarretar em muitas doenças.
- Tenha uma dieta saudável e balanceada. Mudar o estilo de vida pode não ser uma tarefa fácil, mas é algo necessário. Evite comidas gordurosas e com excesso de sal. Não é preciso bani-las da sua vida, apenas coma com moderação.
- Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas.
- Não coma doces em excesso.
- Visite regularmente o seu médico. A prevenção é e sempre será o melhor remédio para qualquer doença.
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No blog do Donato Hospital de Olhos, você encontra conteúdos exclusivos sobre saúde ocular. Inclusive, convidamos você a conhecer mais sobre a retinopatia diabética. Assim como a retinopatia hipertensiva, essa também é uma doença ocular grave que precisa ser prevenida.