Sabia que 6,9% da população brasileira precisa conviver com o diabetes? Esse percentual representa 13 milhões de pessoas. Esse aumento da glicemia provoca uma série de outros problemas no corpo, inclusive nos olhos. A retinopatia diabética é uma dessas complicações, que pode levar à perda da visão se não for tratada adequadamente.
Neste artigo, você vai aprender o que é retinopatia diabética, quais são as suas causas, os sintomas e os tratamentos disponíveis. Além disso, você vai descobrir como prevenir e controlar essa doença com cuidados simples. Vamos lá?
O que é retinopatia diabética?
A retinopatia diabética é uma doença que afeta a retina, que é a camada de tecido sensível à luz que reveste o fundo do olho. A retina é responsável por captar as imagens e enviá-las ao cérebro através do nervo óptico.
Quando uma pessoa tem diabetes, o excesso de açúcar no sangue pode danificar os pequenos vasos sanguíneos que irrigam a retina, causando inflamação, sangramento, vazamento de líquido e formação de cicatrizes. Essas alterações podem comprometer a visão e, em casos mais graves, levar ao descolamento da retina ou ao glaucoma neovascular.
Quais são as causas da retinopatia diabética?
A principal causa da retinopatia diabética é o diabetes mal controlado, que provoca alterações nos níveis de glicose no sangue. O diabetes pode ser do tipo 1, quando o pâncreas não produz insulina suficiente, ou do tipo 2, quando o organismo não usa a insulina de forma adequada.
Além do diabetes, existem outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da retinopatia diabética, como:
- hipertensão arterial;
- colesterol alto;
- tabagismo;
- obesidade;
- gravidez;
- histórico familiar de retinopatia diabética.
Quais são os sintomas da retinopatia diabética?
É importante considerar que a retinopatia diabética pode ser assintomática nos estágios iniciais. Por isso, exames oftalmológicos regulares para detectar a doença precocemente são essenciais. Conforme a doença progride, alguns sintomas podem surgir, como:
- visão embaçada ou distorcida;
- manchas escuras ou flutuantes na visão;
- dificuldade para enxergar cores;
- perda parcial ou total da visão.
Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da retinopatia diabética. Nesse momento, vale considerar que existem dois tipos principais de retinopatia diabética: a não proliferativa e a proliferativa.
Retinopatia diabética não proliferativa
A retinopatia diabética não proliferativa é o tipo mais comum e menos grave da doença. Nesse caso, os vasos sanguíneos da retina ficam enfraquecidos e podem se romper ou vazar líquido para o interior do olho. Isso pode causar edema macular, que é o inchaço da mácula, a parte central da retina responsável pela visão detalhada.
Retinopatia diabética proliferativa
A retinopatia diabética proliferativa é o tipo mais avançado e perigoso da doença. Nesse caso, os vasos sanguíneos da retina ficam tão danificados que param de funcionar. Isso faz com que o organismo tente compensar criando novos vasos sanguíneos anormais na superfície da retina ou do nervo óptico. Esses novos vasos são frágeis e propensos a sangrar ou provocar cicatrizes que podem tracionar a retina e causar seu descolamento.
Quais são os tratamentos para a retinopatia diabética?
O tratamento para a retinopatia diabética depende do tipo e da gravidade da doença. O objetivo é evitar ou retardar a progressão da doença e preservar a visão.
Controle do diabetes
O controle adequado dos níveis de glicose no sangue é fundamental para prevenir ou retardar o aparecimento e a evolução. Para isso, é necessário seguir as orientações médicas sobre dieta, exercícios, medicação e monitoramento da glicemia.
Fotocoagulação a laser
A fotocoagulação a laser é um procedimento que usa um feixe de luz para cauterizar os vasos sanguíneos anormais ou que estão vazando na retina. Isso ajuda a reduzir o edema macular (inchaço no entorno dos vasos), o sangramento e o risco de descolamento da retina.
Injeções intravítreas
As injeções intravítreas são aplicações de medicamentos dentro do olho. Normalmente, são substâncias antiangiogênicas ou anti-VEGF, compondo fórmulas que agem no processo que provoca o crescimento de vasos sanguíneos.
Vitrectomia
A vitrectomia é uma cirurgia que consiste na remoção do vítreo, que é o gel transparente que preenche o interior do olho. Isso permite remover o sangue, o líquido ou as cicatrizes que podem estar prejudicando a visão. Como substituto ao vítreo, é possível usar gás, óleo de silicone ou solução salina.
A retinopatia diabética é uma doença grave que pode levar à cegueira se não for tratada a tempo. Por isso, é essencial cuidar do diabetes e fazer exames oftalmológicos periódicos para detectar e tratar a doença o quanto antes. Lembre-se: a sua visão é um bem precioso e merece toda a sua atenção!Se você tem diabetes ou suspeita que possa ter retinopatia diabética, não perca tempo e agende uma consulta com um oftalmologista especializado. Ele poderá avaliar a sua situação e indicar o melhor tratamento para você. Não deixe para depois, cuide da sua saúde ocular hoje mesmo!