Como diagnosticar a Catarata: sintomas, exames e importância do diagnóstico

Descubra como diagnosticar a catarata de forma precoce, conheça os principais sintomas, exames indicados e a importância do acompanhamento oftalmológico. Saiba quando procurar um especialista e como identificar sinais que podem comprometer sua visão.
Diagnóstico da Catarata no Donato Hospital de Olhos

A catarata é uma das principais causas de perda de visão no mundo, especialmente em pessoas acima dos 50 anos. Diagnosticar a catarata precocemente é fundamental para preservar a visão e garantir uma melhor qualidade de vida.

O que é a catarata?

A catarata é uma condição ocular caracterizada pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho. Essa opacidade impede a passagem da luz, resultando em visão turva, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar à noite.

Importância do diagnóstico precoce

Um diagnóstico precoce é essencial para garantir que a catarata seja acompanhada e tratada no momento certo, antes que comece a comprometer significativamente a qualidade da visão. Identificar o problema em estágios iniciais permite planejar a melhor abordagem para o tratamento. A catarata pode evoluir para uma perda severa da visão, impactando diretamente a autonomia e a qualidade de vida do paciente. Por isso, manter as consultas oftalmológicas em dia é fundamental para preservar a saúde ocular e evitar complicações futuras.

Sintomas comuns

  • Visão embaçada ou turva.
  • Dificuldade em enxergar à noite.
  • Sensibilidade aumentada à luz (fotofobia).
  • Halos luminosos ao redor de luzes.
  • Mudanças frequentes no grau dos óculos.

Sintomas menos comuns

  • Visão dupla em um olho.
  • Percepção das cores mais amareladas ou desbotadas.
  • Perda de contraste, dificultando a distinção entre objetos em ambientes com pouca luz.

Quando procurar um oftalmologista

Sinais de alerta

Se você perceber um ou mais dos seguintes sinais, procure um oftalmologista imediatamente:

  • Visão turva que piora progressivamente.
  • Dificuldade para realizar atividades do dia a dia, como dirigir ou ler.
  • Mudanças frequentes no grau dos óculos.
  • Aumento da sensibilidade à luz ou visão dupla persistente.

Quanto mais cedo a catarata for diagnosticada, maiores serão as chances de um tratamento bem-sucedido.

Exames para diagnóstico

Exame de acuidade visual

Este exame é feito com a tabela de Snellen , que é formada por letras que diminuem de tamanho a uma  distância determinada ( 20 pés ), permitindo identificar perdas na nitidez da visão.

Biomicroscopia

A lâmpada de fenda é um instrumento que ilumina e amplia as estruturas do olho, possibilitando ao oftalmologista visualizar o cristalino opaco e avaliar a gravidade da catarata.

Utiliza uma lente de aumento para examinar em detalhes as estruturas oculares, incluindo o cristalino, a córnea e o fundo do olho.

Outros exames complementares

  • Tonometria: mede a pressão ocular para descartar a presença de glaucoma, uma condição que pode coexistir com a catarata.
  • Ultrassonografia ocular: em casos de catarata avançada, permite examinar a retina e outras estruturas do olho, mesmo quando a opacidade do cristalino dificulta a visualização.
  • Mapeamento de retina : onde é avaliado a saúde da retina  central e periférica .
  • PAM  ( potencial de acuidade visual ) : é um exame que determina o prognóstico visual de pacientes que devem se submeter a cirurgia.

O papel do oftalmologista

O diagnóstico da catarata é feito de forma cuidadosa e individualizada pelo oftalmologista, que avalia não apenas os sintomas apresentados, mas também todo o histórico do paciente. Esse processo inclui diferentes etapas, fundamentais para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz:

1. Anamnese: ouvindo o paciente

A consulta começa com uma conversa detalhada, onde o oftalmologista investiga sintomas como visão embaçada, dificuldade para enxergar à noite ou sensibilidade à luz. Também são analisados fatores de risco, como idade, histórico familiar, presença de doenças como diabetes, uso prolongado de corticoides e hábitos de vida, como tabagismo.

2. Exame físico: avaliação clínica dos olhos

Após a anamnese, o médico realiza a medida de acuidade visual, refração e  um exame físico minucioso dos olhos, utilizando equipamentos específicos, como a lâmpada de fenda (biomicroscopia), para observar diretamente a córnea ,  o cristalino e identificar sinais de opacificação. Também são avaliadas a pressão intraocular e retina.

3. Interpretação dos resultados e definição do tratamento

Com base nas informações clínicas e nos exames, o oftalmologista confirma o diagnóstico, determina o estágio da catarata e orienta o melhor plano de acompanhamento ou tratamento — que pode incluir o monitoramento da condição ou a indicação da cirurgia, quando a catarata já está impactando a qualidade de vida do paciente.

4. Diagnóstico diferencial: descartando outras condições oculares

Nem toda visão embaçada é catarata. Algumas doenças oculares apresentam sintomas semelhantes e precisam ser descartadas. Entre elas:

  • Glaucoma: aumento da pressão intraocular que pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico.
  • Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): afeta a retina, comprometendo a visão central.
  • Erros refrativos não corrigidos: como miopia, hipermetropia ou astigmatismo em graus mais avançados.

Confirmando o diagnóstico

Importância do diagnóstico preciso

O diagnóstico preciso é fundamental para o planejamento do tratamento adequado. No caso da catarata, a confirmação do diagnóstico leva à orientação sobre o momento ideal para realizar a cirurgia e a escolha das melhores opções de lentes intraoculares para restaurar a visão.

Se você apresenta algum dos sintomas mencionados, procure um oftalmologista o quanto antes. Agende sua consulta.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quais exames confirmam a catarata?

O diagnóstico é confirmado por exames como acuidade visual, biomicroscopia e exame com lâmpada de fenda.

Quando devo procurar um oftalmologista?

Ao notar sintomas como visão embaçada, halos luminosos ou dificuldade para enxergar à noite.

A catarata pode ser confundida com outras doenças?

Sim. O diagnóstico diferencial é necessário para excluir condições como glaucoma ou degeneração macular.

A catarata pode ser diagnosticada em exames de rotina?

Sim. Exames oftalmológicos periódicos detectam a catarata, mesmo em estágios iniciais.

Preciso de cirurgia logo após o diagnóstico?

Nem sempre. A cirurgia é indicada quando a catarata interfere na qualidade de vida do paciente.

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